Startup ergueu US$ 94 milhões para combater sanções pela Rússia
A Seon, com sede em Londres, combate fraudes como a Revolut. Ergueu US$ 94 milhões para elaborar novas ferramentas, a fim de impedir a evasão de sanções pela Rússia.
A empresa levantou o valor em uma rodada de financiamento administrada pela IVP que apoiou corporações como Netflix e Twitter, agora com o sócio IVP Michel Miao unido ao conselho de Seon, desde de a última rodada, a organização já está avaliada em US$ 500 milhões. Alguns dos seus investidores é a Creandum (um dos primeiros apoiadores do Spotify), PortfoLion, Emilie Choi (diretoria de operações da Coinbase e o presidente-executivo da UiPath, Daniel Dines.
Clientes como Revolut, Afterpay e Nubank declara que sua tecnologia foi criada com o objetivo de tornar mais facil para a empresa o combate à fraudes. Seu software usa aprendizados de maquina para indicar se eles são genuínos ou suspeitos.
Parar a fuga das sanções russas
Seon tem notado uma demanda crescente por ferramentas que eliminam transaçoes de individuos, entidades e pessoas “politicamente exibida” diante da invasão da Ucrania pela Russia.
Parte do dinheiro será usado para abordar o possível uso de aplicativos fintech para lavagem de dinheiro e evasão de sanções.
“Estamos trabalhando para apoiar essa necessidade de nossa base de clientes”, declarou Kadar.
As fintechs estão sob crescente pressão para lidar com a evasão das sanções russas, principalmente em meio a preocupações de que seus controles possam ser mais frouxos do que os dos bancos. Em fevereiro, o PayPal disse que removeu mais de 4 milhões de contas depois de descobrir que eram “ ilegítimas ”.
A Seon também está trabalhando em uma função que verificará as empresas on-line e se seus acionistas estão em alguma lista de sanções, como resultado, poderam identificar se alguém está “apenas criando empresas de fachada para lavar dinheiro” ou “como uma identidade falsa para esconder seus ativos”, disse Kadar.
“Nunca houve um momento mais desafiador para as instituiçoes financeiras internacionais”, declarou Charles Delingpole, um dos primeiros investidores da Seon.
“A guerra da Rússia contra a Ucrânia significa que sem dúvida nunca houve um momento mais desafiador para as instituições financeiras internacionais”, declarou Charles Delingpole, CEO da plataforma de combate à lavagem de dinheiro ComplyAdvantage e um dos primeiros investidores da Seon.
“Fraudadores ganharam mais oportunidades para perpetuar a fraude pois a pandemia viu a rapida mudança para atividades on-line longe das filiais”, afirmou Delingpole.
Expansão da Startup Seon nos EUA
Os fundos também ajudarão a Seon a se expandir nos Estados Unidos, bem como na América Latina e na Ásia.
“Vamos aumentar nossa equipe nos EUA em grande quantidade”, disse Bence Jendruszak, diretor de operações da Seon. “Fraude on-line é um grande problema nos EUA” acrescentou.
A empresa informou que sua receita recorrente anual praticamente triplicou em 2021, enquanto sua base de clientes mais que dobrou, de 100 para 250.
Kadar e Jendruszak fundaram a Seon em Budapeste, Hungria, em 2017, após concluírem seus estudos universitários. A Kadar, desde então, mudou a sede da empresa para o Reino Unido. A Seon concorre com várias startups, incluindo a empresa israelense Riskified e a Arkose Labs, com sede nos EUA.
Fonte: CNBC