
Preços da sucata ferrosa brasileira equalizados em meio à baixa demanda doméstica
O mercado brasileiro de sucata ferrosa registrou algumas quedas de preço nas siderúrgicas na semana de 6 de março, jogando o foco novamente nas exportações.
Um fornecedor disse que o mercado doméstico ficou estagnado e ele teve que exportar a preços baixos para evitar que o material ficasse parado nos pátios.
“Sim, as exportações estão crescendo”, disse um negociante focado no segmento. “E vão continuar fortes em março.”
O prêmio entre os preços domésticos e de exportação para a Índia chegou a 40% no caso da especificação HMS 1/2.
Nas duas últimas semanas, o mercado tem relatado anúncios de redução de preços por parte das siderúrgicas. Fontes do mercado disseram que aparentemente as usinas estavam equalizando os preços em todo o país.
“O mercado está realmente com pouca demanda, com preços baixos”, disse outro comerciante. “Não sei se o mercado vai melhorar ou não. Tem sido difícil acompanhar o mercado, uma hora falam em queda, outra em aumento.
Uma quarta fonte do mercado disse que uma grande siderúrgica reduziu os preços de todos os materiais em R$ 200 reais/t.
“A perspectiva continua pessimista, com um certo movimento nas exportações, mas o mercado doméstico com queda de R$ 100-200/t”, disse um terceiro comerciante.
Enquanto isso, uma sexta fonte do mercado disse que não há nada de novo na perspectiva para março, em meio ao baixo consumo e à queda nas vendas. No entanto, a mesma fonte disse que o mercado de fundição mostra um cenário de estabilidade, com um leve impulso para cima. A perspectiva nesse mercado é de manutenção dos preços, acrescentou a fonte.
“Estou claramente vendo uma tendência de alta nos preços da especificação HMS 1/2 para março”, disse uma fonte de uma fundição. “É a especificação mais disputada por fundições e siderúrgicas, e a demanda aumentou. Não é necessariamente um problema de geração, mas sim um aumento da demanda.”
Para conseguir melhores negociações, será necessário um bom relacionamento com os fornecedores, disse a fonte da fundição.
“Se você negociar com um grande reciclador de sucata, ele pedirá preços mais altos para todas as fundições, e o adiamento da alta de preço depende do relacionamento que a fundição tem com ele”, acrescentou a fonte.
Enquanto isso, uma oitava fonte disse que uma queda na produção de vergalhão na Turquia pode abrir um mercado para o Brasil, mas acrescentou que os EUA têm uma chance maior de ser o fornecedor imediato, o que levou a um aumento nos preços da sucata.
A Platts avaliou os preços de transação do vergalhão das usinas dos EUA com alta em 6 de março.
A Platts avaliou o preço semanal da sucata de estamparia brasileira inalterado em 6 de março, em R$ 1.250/t FOT, com base na faixa de R$ 1.200-1.300/t FOT. A Platts avaliou a sucata de cavaco em R$ 700/t FOT, com base na faixa de R$ 600-800/t, e a HMS 1/2 em R$ 1.000/t FOT, com base na faixa de R$ 900-1.100/t.
O alumínio registrou uma queda de 3,6% na LME entre fevereiro e março, disseram fontes de sucata não ferrosa, mas os preços continuaram estáveis apesar da baixa demanda.
“Muitas consultas, poucos negócios, mas até onde sei, está acontecendo com todo mundo”, disse uma fonte do mercado de sucata não ferrosa.
A Platts avaliou o perfil de alumínio, a lata de alumínio usada para bebidas e a sucata de estamparia de alumínio sem alterações em R$ 13,75/kg, R$ 8,15/kg e R$ 10,50/kg, respectivamente. Todos os preços são FOT.
A Platts é parte da S&P Global Commodity Insights.
Fonte: Platts