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Tata Motors, proprietária da Jaguar Land Rover, compra fábrica de carros da Ford na Índia

Tata Motors, proprietária da Jaguar Land Rover, compra fábrica de carros da Ford na Índia

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A montadora indiana Tata Motors concordou em comprar uma fábrica da Ford no estado ocidental de Gujarat por 7,26 bilhões de rúpias (US$ 91,5 milhões).

O acordo ocorre no momento em que a Tata se move para aumentar sua produção de carros para atender a demanda.

O acordo entre a subsidiária de veículos elétricos da Tata e a unidade indiana da montadora americana abrange terras, maquinário e todos os “funcionários qualificados”.

A Ford interrompeu a produção na Índia no ano passado depois de lutar por mais de duas décadas para gerar lucros no país.

“Com nossa capacidade de fabricação próxima à saturação, esta aquisição é oportuna e uma vantagem para todas as partes interessadas”, declarou a Tata Motors em comunicado.

A empresa-mãe da Jaguar Land Rover do Reino Unido acrescentou que a produção anual na fábrica de Sanand lhe dará inicialmente uma nova capacidade de 300.000 veículos por ano, que pode ser aumentada para 420.000.

Em setembro do ano passado, a Ford informou que fecharia suas fábricas de automóveis indianas, como parte de um movimento que custaria cerca de US$ 2 bilhões.

Na época a montadora norte-americana disse que cerca de 4.000 trabalhadores seriam afetados pela decisão.

As operações da Ford na Índia registraram perdas de US$ 2 bilhões nos dez anos anteriores.

A grande redução em suas operações indianas contrastou fortemente com a ambição anterior da empresa de tornar o país um de seus maiores mercados.

 

Análise de Nikhil Inamdar, correspondente de negócios na Índia

As montadoras estrangeiras têm encontrado dificuldades para ter sucesso na Índia. A saída da Ford é apenas a mais recente de uma série de saídas.

Empresas como a General Motors, a MAN Trucks, de propriedade da Volkswagen, e até a icônica fabricante de motocicletas Harley- Davidson estão entre as empresas que pararam de fabricar na Índia nos últimos anos.

No início deste ano, a gigante japonesa da indústria automobilística Nissan decidiu retirar sua marca de carros pequenos Datsun do país, por causa das baixas vendas.

Embora a GM e a Harley-Davidson tenham dito que essas decisões faziam parte de suas mudanças estratégicas global de certos mercados, os analistas também apontam para receitas fracas e falta de economias de escala na Índia.

A Índia ainda é vista como um mercado de automóveis com grande potencial, mas as vendas caíram devido à desaceleração do crescimento econômico, mercados de trabalho fracos, preços mais altos dos combustíveis e interrupções relacionadas à pandemia.

O mercado de veículos de passageiros do país estagnou na última meia década em cerca de 3 milhões de unidades por ano.

Na China, por outro lado, mais de 20 milhões de carros são comprados anualmente.

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No entanto, algumas montadoras indianas viram a demanda aumentar. Uma das rivais da Tata, a Mahindra & Mahindra, disse na sexta-feira que a demanda por seus veículos estava superando a produção, já que as pessoas correram para comprar seus populares utilitários esportivos.

Isso ajudou a aumentar seus lucros trimestrais, já que as vendas de seus veículos de passageiros aumentaram 74% em relação ao ano anterior.

“Iniciamos programas de expansão de capacidade, mas não prevíamos esse tipo de demanda”, declarou o diretor executivo da Mahindra & Mahindra, Rajesh Jejurikar.

A Tata Motors é a divisão de fabricação de veículos do conglomerado multinacional indiano Tata Group.

No Reino Unido, a Tata Motors comprou a Jaguar e a Land Rover da Ford em 2008 e fundiu as marcas britânicas de carros de luxo em apenas uma empresa.

O Tata Group possui uma série de grandes negócios em todo o mundo, inclusive a Tata Steel Europe, que inclui antigos ativos da British Steel no Reino Unido.

Fonte: BBC

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