BREAKING NEWS

Publicidade

47% dos respondentes esperam por novas baixas no preço do aço em agosto; 42% preveem estabilidade

47% dos respondentes esperam por novas baixas no preço do aço em agosto; 42% preveem estabilidade

Publicidade

PESQUISA PLATTS : 47% dos respondentes esperam por novas baixas no preço do aço em agosto; 42% preveem estabilidade

  • 61% reportaram estoques acima de 40 e 50 dias
  • Visões mistas para os preços das matérias-primas

 

Participantes da indústria do aço no Brasil visualizam um mês de agosto ainda desafiador em termos de demanda, e com possibilidades de cortes adicionais no preço do aço acabado, sobretudo no aço plano, segundo a pesquisa mensal Platts de Sentimento do Mercado.

Na pesquisa com produtores, distribuidores, recicladores, traders e usuários finais brasileiros, 47% dos respondentes acreditam que os preços do aço acabado podem sofrer ligeiras quedas no mês vigante, enquanto 42% dos respondentes preveem estabilidade em relação ao mês anterior.

A leitura do índice de preços do aço foi de 48,89 pontos em agosto – uma queda de 0,11 pontos em relação a julho, o nível mais baixo em 12 meses.

O índice varia de 0 a 100, com linha de corte em 50 pontos. Os dados acima desse valor indicam expectativa de aumento, e abaixo indicam expectativa de queda na comparação com o mês anterior. Uma leitura de 50 significa expectativa de estabilidade.

s&P

A projeção de redução de preços foi, em grande parte, puxada pelos respondentes envolvidos na comercialização de aços planos.

“A chegada de um volume expressivo de aços planos para os próximos meses, somado ao que já foi importado no primeiro semestre, deve intensificar a concorrência no país em meio a um consumo já retraído,” disse um respondente.

Os preços da bobina laminada a quente no mercado doméstico brasileiro continuaram inalterados na semana até 4 de agosto, após queda de 4,4% no fim de julho, enquanto os preços do vergalhão caíram 5,1% na última semana, após 25 semanas de estabilidade.

A Platts avaliou o preço semanal da BQ doméstica brasileira em R$ 4.350/t (US$ 889,57/t) EXW, sem impostos, já o preço semanal do vergalhão doméstico brasileiro foi avaliado em R$ 3.700/t (US$ 756,64/t) EXW, sem impostos, em 4 de agosto.

“Acredito que teremos uma redução de preços de pelo menos 5% ainda neste trimestre,” disse outro respondente consumidor. “Demanda deve subir um pouco, devido a algumas ações de incentivos à economia e leve queda de juros.”

Em relação aos estoques de aço acabado na cadeia, 78% dos respondentes preveem estabilidade nos níveis frente ao mês anterior, enquanto 20% acreditam em leve aumento. A leitura do índice chegou a 60,00 para agosto, queda de 1,75 em relação à julho.

Questionados sobre os níveis de estoques em dias de vendas, 61% dos respondentes quantificaram acima de 40 e 50 dias.

De acordo com um respondente consumidor final de aço: “Historicamente, nossa carteira [de pedidos] sobe no segundo semestre, porém, já deveria estar subindo desde julho e ainda não apresentou sinais.

A expectativa geral em relação aos preços das matérias-primas do aço é de estabilidade para agosto, com leitura de índice de 50,25 pontos – acima dos 44,80 pontos do mês anterior, porém, com visões mistas entre os respondentes.

68% dos respondentes recicladores sinalizaram adicionais baixas de preços para as matérias-primas, enquanto 72% dos respondentes entre produtores e traders visualizam estabilidade ou ligeira subida de preços.

“Siderúrgicas anunciaram mais cortes no preço da sucata brasileira entre R$ 100-200/mt. Elas [usinas] precisam ampliar margens, e estão fazendo pela matéria-prima,” disse um respondente.

O ferro-gusa brasileiro de aciaria para exportação se manteve estável em $404/mt FOB na primeira semana de agosto, após quedas consecutivas nos últimos meses. No entanto, participantes do mercado estão confiantes de que a recuperação no preço da sucata americana pode impulsionar as próximas negociações do gusa nacional.

Os preços do carvão australiano e do minério de ferro importado na China se mantiveram relativamente estáveis nos últimos dias. Contudo, o anúncio de cortes de produção no gigante asiático pode trazer volatilidade a essas matérias-primas.

Não obstante, 67% dos respondentes preveem estabilidade quanto à produção de aço acabado no Brasil. Ainda assim, 22% esperam por uma ligeira diminuição na produção. A leitura do índice foi de 57,78 pontos, bem acima dos 51 pontos do mês anterior.

Um respondente produtor descreveu o mercado como “muito parado, mas com expectativa de ligeira melhora a partir de setembro.”©

*A pesquisa mensal de agosto/2023 contou com respondentes:

– 25% Produtores

– 39% Distribuidores/Consumidores

– 17 % Recicladores

– 11% Traders

– 8% Outros

Fonte: PLATTS

 

CATEGORIAS