
ANZ substituirá Dash 8s por aeronaves movidas a energia verde até 2030
A Air New Zealand (ANZ) delineou na sexta-feira um amplo plano de sustentabilidade que substituiria seus De Havilland Dash 8-300 por hidrogênio verde ou aeronaves movidas a bateria em 2030. O plano, intitulado Mission Next Gen Program, decorre de o lançamento da companhia aérea em dezembro de um Documento de Requisitos do Produto (PRD) que viu mais de 30 desenvolvedores de aeronaves responderem com ideias e insights para orientar o desenvolvimento da tecnologia.
A companhia aérea disse que permanece em “negociações próximas” sobre cartas de intenção para encomendar aeronaves em 2026. O ANZ disse que anunciará parceiros até o final deste ano e embarcará em um processo de seleção que durará mais um ano. A companhia aérea agora opera 23 Dash 8-300s com média de 15 anos de idade.
“Os próximos três anos serão focados no apoio à construção, teste e certificação de aeronaves e infraestrutura associada. Até 2026, pretendemos ter nossa primeira aeronave de emissão zero – seja de carga ou de passageiros – voando na Nova Zelândia”, disse Greg Foran, CEO da Air New Zealand. “Estamos abrindo novos caminhos aqui – não é apenas a aeronave que precisa ser desenvolvida, mas também a infraestrutura e a regulamentação necessária para voar comercialmente… Sabemos que essas metas são ambiciosas, mas ambição é exatamente o que é necessário para tornar essa nova tecnologia a realidade.”
De acordo com o ANZ, o processo do PRD destacou como a Nova Zelândia e a própria companhia aérea são ideais para liderar o desenvolvimento da implantação de aeronaves de emissão zero e o estabelecimento de infraestrutura de apoio.
“Operamos principalmente rotas de curto alcance para cima e para baixo no país, e a Nova Zelândia é amplamente construída com geração de eletricidade renovável”, acrescentou Foran. “É um cenário ideal para adotar aeronaves com emissão zero. Mas não podemos fazer isso sozinhos. Serão necessárias as mentes de muitos dentro da indústria para encontrar a solução certa. A tecnologia está chegando lá, só precisa ser desenvolvida em uma escala que possamos implantar em nossa rede. É um problema terrível para resolver, mas estamos a meio metro.”
O ANZ também destacou a importância de adotar combustível de aviação sustentável no curto prazo, enquanto a companhia aérea continua a operar aeronaves convencionais.
Fonte: Ain Online