BRASIL: Mercado de sucata ferrosa reporta preços mais baixos para a sucata de estamparia de aço
O mercado de sucata ferrosa enfrentou impacto em preço para a sucata de estamparia de aço após sucessivos anúncios de baixa pelas usinas. Compradores categorizaram o material como não atrativo no momento.
A Platts avaliou a sucata de estamparia de aço brasileira com queda de 2,4% em 7 de agosto a R$ 1.025/t FOT (faixa de R$ 900-1.150/t) e preços estáveis para a sucata miúda pesada a R$ 1.000/t FOT (faixa de R$ 900-1.100/t) e para a sucata de cavaco de aço, avaliada em R$ 650/t FOT, com base na maioria das transações, ofertas de venda e ofertas de compra mais repetíveis entre R$ 600 e 700/t.
Um comprador de grande porte de sucata ferrosa do Estado de São Paulo relatou ter negociado a sucata de estamparia de aço na faixa de R$ 1.100 a R$ 1.150/t FOT e a miúda pesada a R$ 1.050/t FOT, apesar da resistência por parte dos recicladores.
A sucata de estamparia foi reportada como um material “não atrativo” devido ao preço superior, de acordo com uma usina.
Pela segunda semana consecutiva, foram reportados diferentes níveis de preço para o material.
A sucata de cavaco de aço foi mencionada como “material batizado” devido ao alto teor de impurezas por um trader, um reciclador e por uma usina, tirando-o da rota de exportação e de novos pedidos de compra doméstica.
Foi reportada equalização de preço do material na região Sul na faixa de R$ 500 a R$ 600/t entre duas siderúrgicas. No entanto, ainda em estágio de anúncio de atualização de preços.
Fontes de regiões diferentes – compradores e fornecedores – relataram planos de retirada definitiva da sucata de cavaco de aço da rota comercial devido falta de padrão de qualidade.
Uma fonte da siderurgia explicou que, devido à competitividade dos produtos importados asiáticos, a demanda por sucata ferrosa doméstica estava sendo controlada.
De acordo com a avaliação da Platts, os preços domésticos do vergalhão brasileiro caíram 5,1% na semana até 4 de agosto, ficando em R$ 3.700/t sem impostos, com base na faixa de R$ 3.600 a R$ 3.800/t, e a BQ brasileira com prêmio de 23,6% em relação ao preço da BQ chinesa a US$ 719,91/t (R$ 4,89/US$ 1).
No mercado de exportação, foram reportados preços de compra doméstica R$ 100/t mais altos para a sucata miúda pesada. “O preço de exportação subiu recentemente (…) o dólar deu uma reagida também”, disse um exportador.
Vendedores disseram que o ferro-gusa tem sido um concorrente e balizador para o preço da sucata: “O preço do aço está pressionado, ferro-gusa doméstico a R$ 1.500/t”, disse uma fonte.
O preço-referência da Platts para o ferro-gusa brasileiro atingiu o menor nível ao fim do mês de julho a US$ 404/t FOB, 12% inferior ao nível do início de janeiro, de US$ 460/t. Os produtores brasileiros estavam aguardando recuperação do mercado doméstico americano de sucata para definição de preços para novos negócios para outubro, de acordo com a última avaliação da Platts em 4 de agosto.
No mercado da sucata não-ferrosa, a LME apresentou recuo de 0,8% entre 31 de julho e 7 de agosto, no entanto, um crescimento de 4,4% nos últimos 30 dias.
“Mercado bem frio em todos os sentidos. Pouca oferta, procura quase zero, principalmente por materiais mais nobres como estamparia e perfil,” de acordo com um fornecedor.
A Platts avaliou as sucatas de latinhas de alumínio com queda de 3,1% a R$ 6,35/kg FOT (faixa de R$ 6,20-6,50/kg) e preços inalterados para a estamparia de alumínio a R$ 6,90/kg FOT (faixa de R$ 6,60-7,20/kg) e para o perfil de alumínio a R$ 10,85/kg FOT até 7 de agosto, com base na maioria das transações, ofertas de venda e ofertas de compra mais repetíveis entre R$ 10,20 e 11,50/kg.
A Platts é parte da S&P Global Commodity Insights.
Fonte: Platts