
ExxonMobil estima mercado de CCS de US$ 4 trilhões até 2030, diz Reuters
A supermajor norte-americana ExxonMobil estima que haverá um mercado de US$ 4 trilhões até 2050 para capturar dióxido de carbono e armazená-lo no subsolo, informou a empresa em uma apresentação na terça-feira a Reuters.
Isso representa cerca de 60% do mercado de US$ 6,5 trilhões que o maior produtor de petróleo dos EUA estima para petróleo e gás até então.
A captura de carbono é uma importante tecnologia de redução de emissões, segundo a Agência Internacional de Energia, que envolve a captura de CO2 da combustão de combustível ou processos industriais e o transporte por meio de navios ou dutos para serem armazenados no subsolo em formações geológicas. O CO2 capturado também pode ser usado para recuperação aprimorada de petróleo ou gás.
Grandes empresas petrolíferas têm investido para tornar a captura e armazenamento de carbono (CCS) um negócio relevante, já que órgãos internacionais como o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas apontam a tecnologia como fundamental para mitigar os efeitos do aquecimento global, observou a Reuters.
Pressão pública
A ExxonMobil está sob pressão pública para reduzir suas emissões totais, pois sua estratégia de transição energética não inclui fontes renováveis de energia, como solar e eólica.
A empresa contratou recentemente Dan Ammann, que liderou a unidade de direção autônoma Cruise da General Motors, para comandar seus negócios de baixo carbono a partir de 1º de maio.
A produtora de petróleo dos EUA Occidental Petroleum, que está desenvolvendo o maior projeto do mundo para extrair CO2 do ar, estimava anteriormente que a CCS poderia se tornar uma indústria global de US$ 3 a US$ 5 trilhões anualmente.
“A tecnologia pode gerar tanto lucro e fluxo de caixa para a Occidental quanto o petróleo e o gás geram hoje”, disse a presidente-executiva da empresa, Vicki Hollub, em uma conferência em março.
O valor é de cerca de 60% do mercado de petróleo e gás previsto para essa data.
Fonte: Up Stream