
Instituto Cury é lançado para impulsionar impacto social com educação e esporte
Empresa lança a iniciativa que terá atuação no Rio de Janeiro e em São Paulo com pilares em educação para inclusão socioprodutiva e esportes para mobilidade social
São Paulo – O lançamento do Instituto Cury, realizado em 19 de fevereiro, marca um novo capítulo no compromisso da Construtora Cury com o impacto social positivo. O evento reuniu mais de 250 pessoas, incluindo investidores, parceiros e líderes dos setores imobiliário e social, para dar início às atividades do Instituto, que foca em dois eixos: educação para inclusão socioprodutiva e esporte para mobilidade social.
O Instituto Cury já inicia suas atividades com o apoio a cinco projetos sociais que beneficiarão diretamente 410 pessoas e, indiretamente, mais de 1.200 ao longo de 2025. Até 2029, a meta é alcançar 19 mil pessoas de forma direta e 57 mil indiretamente.
“A filantropia está no DNA da Cury e da nossa família. O Instituto é a materialização do nosso compromisso com as comunidades onde atuamos, e nossa prioridade será apoiar iniciativas que ofereçam oportunidades reais de transformação social. Assumimos o compromisso de destinar 1% do lucro da empresa para as ações do Instituto, à medida que nossos projetos amadureçam”, afirma Fabio Cury, CEO da Construtora Cury e Diretor Presidente do Instituto.
O Instituto Cury também tem como referência o trabalho do filantropo Elie Horn, considerado um dos maiores filantropos do Brasil, que direcionou 60% de seu patrimônio para causas sociais em vida. “Fazer o bem é uma escolha de vida, e ver empresários trilhando esse caminho reforça que a transformação social precisa de comprometimento real”, afirmou Horn, destacando o impacto da iniciativa da Cury para o setor imobiliário e para a sociedade em seu discurso no evento de lançamento.
Cássio França, secretário geral do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), levou a reflexão para os presentes, sobre o papel de instituições como o Instituto Cury no ecossistema de investimento social privado, ressaltando a importância de parcerias sólidas para ações impactantes no Brasil, ” A agenda estratégica para o país precisa focar na redução das desigualdades. Como fazer para que, um dia, você não precise mais fazer esse projeto? É fácil ficar na superfície do Investimento Social Privado (ISP) e da filantropia. Mas o verdadeiro desafio é olhar para a estrutura das desigualdades. Temos provocado para que as empresas olhem além da superfície.”
Impacto e Metas:
De acordo com a diretora do Instituto, Viviane Mansi, o foco é atuar de forma estratégica, garantindo impacto real e mensurável nas comunidades. Mais do que apoiar projetos, o objetivo é estruturar soluções de longo prazo que dialoguem com as necessidades da população e com os compromissos ESG da Construtora Cury.
A estratégia do Instituto Cury se baseia em parcerias com organizações reconhecidas pelo impacto social que geram. Entre os primeiros projetos apoiados estão iniciativas voltadas para capacitação profissional na construção civil, incentivo ao empreendedorismo comunitário e expansão do acesso ao esporte para jovens em situação de vulnerabilidade.
O evento trouxe um painel sobre impacto social e investimento privado no desenvolvimento de comunidades, com a participação dos representantes dos primeiros projetos apoiados: Chef Edson Leite, presidente do Negócio Social Gastronomia Periférica; Bia Kern, fundadora do Instituto Mulher em Construção; João Marcelo, diretor-presidente do Instituto Anderson Varejão; Cintia Santana, fundadora do Instituto Entre o Céu e a Favela; e Kelvin Gyulo Bakos, Diretor – Presidente do Instituto Athlon.
Bia Kern destacou o impacto da participação feminina na construção civil: “52% da população é composta por mulheres. Que sociedade é essa em que a mãe está desassistida? Pegar no tijolo, no cimento, constrói uma mulher nova, uma cidadania. Estamos preparando mulheres para as obras, provando que são, sim, habilidosas. Não se nasce pedreiro, torna-se. Trabalhar na construção civil é um dos caminhos mais promissores financeiramente, então por que não entrar nesse mercado?”.
João Marcelo reforçou o impacto do esporte na formação dos jovens: “Nossa parceria com o Instituto Cury vai permitir ampliar nosso trabalho. Hoje, atendemos 6.500 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. Começamos com um núcleo, acertamos o formato e fomos replicando. Agora, estamos mapeando escolas para oferecer 200 vagas na cidade de São Paulo. Nosso foco não está apenas no 1% que chega ao nível profissional, mas nos 99% que encontram no esporte um caminho de formação e cidadania”.
Cintia Santana trouxe a perspectiva das mães solo e do empreendedorismo comunitário: “Estamos falando de chefes de família, mães solo. No Morro da Providência, somos maioria. Mulheres que precisam bancar suas casas e cuidar dos filhos. No longo prazo, quero que elas não precisem mais de nós. Com a parceria da Cury, poderemos estruturar um novo projeto de costura, onde elas produzirão peças para serem vendidas em lojas. Sonhar pequeno ou grande dá o mesmo trabalho. Eu já estou vendo nossas lojas nos shoppings, desfiles. Acender uma luz acende todo mundo em volta. Obrigada ao Instituto Cury por acender essa luz para a gente iluminar o Morro da Providência”.
Kelvin Gyulo Bakos destacou a importância do apoio ao esporte paralímpico: “Está nascendo agora uma grande amizade para construir o presente e nos ajudar a realizar sonhos. O Instituto Athlon significa esporte. Nos Jogos Paralímpicos, conquistamos 12 medalhas para o Brasil. Se fôssemos um país, estaríamos na 41ª posição no ranking de medalhas. Nosso foco está na pessoa com deficiência social, no espectro autista, em amputados, em crianças que ainda não se mostram para o mundo”.
Também estiveram presentes representantes do setor público, incluindo José Police Neto, Subsecretário do Governo de São Paulo; Paulo Sérgio Bastos Vidal, Subsecretário do Patrimônio do Estado de São Paulo; Priscila Souza Oliveira, Líder de Esporte da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo; Mauro Leandro Raymundo, Secretário Municipal de Apoio Social ao Cidadão de São José dos Campos; e Bruno Nascimento Araujo de Paula, Diretor de Desenvolvimento Social e Inclusão Produtiva da Prefeitura de São Paulo.