Ampliando Horizontes: O Papel Multifacetado do Farmacêutico na Saúde

Ampliando Horizontes: O Papel Multifacetado do Farmacêutico na Saúde

A pandemia de covid-19 destacou a necessidade contínua de enfrentar novos desafios de saúde. O papel do farmacêutico se torna cada vez mais relevante nesse contexto. Esses profissionais não apenas dispensam medicamentos, mas também contribuem significativamente para o desenvolvimento de novos fármacos, aprimoramento dos já existentes e cuidados com pacientes hospitalizados.

Desenvolvimento de Novos Fármacos

Os farmacêuticos têm a responsabilidade de supervisionar a fabricação e conduzir procedimentos essenciais para a aprovação e manutenção de medicamentos. Conforme a Resolução 734/2022 do Conselho Federal de Farmácia, eles são fundamentais em processos como qualificação de fornecedores, aquisição de matérias-primas, produção, controle de qualidade, pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, assuntos regulatórios e farmacovigilância. “Nós somos os especialistas que asseguram o acesso dos pacientes a medicamentos com segurança e eficácia terapêutica”, afirma Liberato Brum Junior, gerente de inovação e pesquisa clínica da Prati-Donaduzzi.

Inovação na Prática Clínica

Antes de iniciar a pesquisa para um novo produto, é essencial avaliar fatores como indicação terapêutica, público-alvo e características físico-químicas das moléculas. Na Prati-Donaduzzi, líder na produção de comprimidos na América Latina, a inovação é uma prioridade, abrangendo desde medicamentos genéricos até novas moléculas e melhorias nas formulações existentes. “Buscamos sempre um benefício clínico para o paciente, seja melhorando o sabor, absorção, reduzindo efeitos colaterais ou a frequência de doses diárias”, destaca Brum.

Farmacêuticos nos Hospitais

Nos hospitais, os farmacêuticos desempenham um papel vital que vai além da distribuição de medicamentos. Em Curitiba (PR), eles estão envolvidos na gestão e alinhamento das equipes técnicas e assistenciais de hospitais como o Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat. Participam de análises de prescrições e visitas multidisciplinares, especialmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). “Com projetos de desospitalização, o farmacêutico também ensina os pacientes a administrar os medicamentos em casa, melhorando a adesão às terapias”, explica Maikon Jorge Baceto, farmacêutico responsável pela farmácia do Hospital Universitário Cajuru. A desospitalização, recomendada pela OMS, promove uma reabilitação mais humanizada e reduz riscos de infecção.

Gestão Estratégica e Uso Racional de Medicamentos

A farmácia hospitalar é crucial para o uso racional de medicamentos e recursos humanos, evitando custos elevados. “Assegurar a qualidade de vida e contribuir para o bem-estar da população proporciona um profundo senso de propósito e realização profissional”, afirma Baceto. Desde que escolheu essa área, seu foco sempre foi o ser humano. Buscar resultados positivos para os pacientes e promover a saúde de forma coletiva são princípios que guiam seu compromisso profissional.

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