
Empresas químicas saem da Rússia
Na esteira da invasão da Ucrânia pela Rússia, um número crescente de empresas químicas estão condenando fortemente as ações da Rússia e estão cortando os laços comerciais com o país. Muitas empresas também estão fazendo grandes doações para ajuda humanitária aos ucranianos.
A Clariant está suspendendo negócios na Rússia. A empresa administra um escritório de vendas e um laboratório em Moscou e obtém 2% de suas vendas, cerca de US$ 94 milhões, do país.
A empresa também opera uma fábrica de catalisadores na Ucrânia. “Nossos pensamentos estão com nossos 146 funcionários e suas famílias na Ucrânia e estamos fazendo tudo ao nosso alcance para apoiá-los. Nós nos juntamos a eles na esperança de que essa violência brutal termine em breve”, declarou o CEO da Clariant, Conrad Keijzer, em comunicado. “Continuar a fazer negócios nestas circunstâncias é incompatível com o nosso propósito e valores.”
A fabricante petroquímica LyondellBasell Industries alegou que não fará novas transações comerciais ou relacionamentos com entidades estatais russas. Também pretende descontinuar as relações comerciais com entidades estatais russas na “extensão legalmente possível”. A empresa tem escritórios em Moscou e Togliatti, na Rússia.
“Estou assistindo aos ataques trágicos e não provocados na Ucrânia e condeno os atos de agressão e violência contra o povo ucraniano”, disse o CEO interino da LyondellBasell, Kenneth Lane, em comunicado. A Lyondell está doando US$ 220.000 para ajuda humanitária.
A Solvay está suspendendo operações e novos investimentos na Rússia. Também está suspendendo os pagamentos de dividendos que recebe da RusVinyl, sua joint venture integrada de cloreto de polivinila com a fabricante petroquímica russa Sibur. A RusVinyl foi inaugurada em 2014 em Kstovo, na Rússia, e custou US$ 1,6 bilhão para ser construída. Gerou vendas de US$ 168 milhões em 2020.
A empresa também está doando US$ 1,1 milhão para a Cruz Vermelha Belga e Internacional para apoiar os esforços de socorro. “Apoiamos todos os nossos funcionários, incluindo nossos colegas ucranianos e russos nessa crise sem precedentes, e forneceremos todo o suporte necessário, incluindo salários e benefícios”, informou Ilham Kadri, CEO da Solvay, em comunicado.
No Twitter, a Dow anunciou que estava doando US$ 275.000 para as necessidades humanitárias do povo ucraniano. A empresa opera uma planta de dispersão de polímeros e tem participação em uma joint venture de sistemas de poliuretano na Rússia.
Fonte: C&EN