Interrupção de Kakao: co-executivo-chefe deixa gigante da internet na Coreia do Sul
O co-chefe executivo da Kakao, empresa por trás do maior aplicativo de mensagens móveis da Coreia do Sul, renunciou após uma grande interrupção no fim de semana.
Namkoong Whon disse em entrevista coletiva que sentiu um “pesado fardo de responsabilidade sobre este incidente”.
No sábado, um incêndio danificou servidores pertencentes à Kakao, desligando seus serviços de mensagens, mobile banking e jogos por mais de oito horas.
O aplicativo de mensagens de Kakao, KakaoTalk, tem mais de 47 milhões de usuários na Coreia do Sul.
Falando a repórteres, Namkoong pediu desculpas pela interrupção e disse que “lideraria a força-tarefa de emergência de desastres que supervisiona as consequências do incidente”.
A maioria dos serviços da empresa foi restaurada na quarta-feira, embora os usuários tenham relatado que algumas funções permaneceram instáveis.
A interrupção levantou preocupações sobre a dependência do público no aplicativo de mensagens KakaoTalk.
Na segunda-feira, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol disse que o governo examinaria o domínio dos serviços da Kakao, pois eles eram “como uma rede nacional de telecomunicações fundamental no que diz respeito ao público”.
“Se o mercado está distorcido em um monopólio ou oligopólio severo, na medida em que cumpre uma função semelhante à infraestrutura nacional, o governo deve tomar as medidas necessárias para o bem do povo”, acrescentou.
Não houve relatos de feridos após o incêndio no data center SK C&C em Pangyo, ao sul da capital da Coreia do Sul, Seul.
Precauções de segurança impediram a Kakao de retomar o fornecimento de energia para seus servidores, informou a agência de notícias Yonhap.
A renúncia de Namkoong deixa o co-presidente executivo Hong Euntaek como o único líder da empresa.
Kakao disse que compensaria usuários e empresas que foram afetados pelas interrupções.
A empresa também planeja investir 460 bilhões de won (US$ 323,9 milhões; £ 285,8 milhões) para operar seu próprio data center a partir do próximo ano e construir um segundo data center em 2024.
Fonte: BBC
