
Inovação e Construção Civil: FI Group e CTE promovem evento para o setor
A construção civil é um dos setores mais importantes da economia brasileira, mas ainda aproveita pouco os incentivos fiscais e financeiros disponíveis para alavancar a inovação. Com o objetivo de mudar essa realidade, o FI Group, consultoria especializada em incentivos fiscais, e o CTE (Centro de Tecnologia de Edificações) organizam o evento “Planejando a Inovação na Construção Civil” em 24 de outubro, na Casa CTE, em São Paulo. O evento será gratuito e visa capacitar empresas do setor a utilizar mecanismos de incentivo para inovar.
Apesar de ser associada a grandes obras e canteiros de construção, a cadeia da construção civil é extremamente ampla, abrangendo desde pequenas empresas até gigantes da engenharia. Dados do Caged mostram que o setor gerou 110 mil empregos no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 16,85% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, o setor enfrenta grandes desafios, como o gerenciamento de resíduos e o déficit habitacional, que podem ser mitigados com a inovação tecnológica.
Segundo João de Freitas, líder de planejamento estratégico do FI Group, o setor gerou 45 mil toneladas de resíduos de construção e demolição em 2022. Ele explica que essa realidade apresenta uma oportunidade para as empresas investirem em inovação, buscando formas de reaproveitar materiais e reduzir custos, como no caso dos tijolos ecológicos. Além disso, o uso eficiente de recursos hídricos, visto que o setor consome 12% da água doce no mundo, também é um ponto de melhoria.
A inovação pode ajudar o setor a enfrentar o déficit habitacional no Brasil, que, segundo a Fundação João Pinheiro, chegou a 6,2 milhões de moradias em 2024. Soluções como a construção modular podem acelerar a criação de moradias acessíveis. O evento trará orientações sobre como as empresas podem acessar políticas de incentivo à inovação, como a Lei do Bem e financiamentos da FINEP e BNDES.
O evento abordará como esses incentivos podem apoiar as empresas na mitigação de riscos tecnológicos e no desenvolvimento de cadeias produtivas mais eficientes e sustentáveis. “Queremos mostrar como esses recursos podem ser utilizados de forma estratégica para que as empresas da construção civil cresçam e inovem”, afirma Freitas. O objetivo final é estimular a cooperação dentro do setor para alcançar um desenvolvimento sustentável e contínuo.