Como a logística funciona no mundo: o motor chave que movimenta a economia
O boom do e-commerce após a pandemia e o aumento dos custos de energia aumentaram a pressão sobre as redes de distribuição de produtos, atividade essencial que permite o desenvolvimento de múltiplos setores.
Em 2021, o setor logístico na Espanha movimentou cerca de 725 milhões de embarques, 6% a mais do que em 2020 e um valor histórico, segundo estimativas da UNO, associação patronal. “Se a gestão da cadeia de suprimentos antes tinha basicamente o único objetivo de reduzir custos, agora seu maior valor está na garantia de vendas”, disse Francisco Aranda, representante da organização. A velocidade de reação na entrega foi desacelerada com a escassez de suprimentos, os problemas no comércio marítimo, a falta de motoristas e o aumento de energia e combustível. Este coquetel colocou os membros desta engrenagem sob estresse e enquanto algumas empresas estão vivendo um momento de glória, outras estão passando por um caminho acidentado.
No topo da arena está o setor imobiliário logístico (inmologistics). No ano passado este setor recebeu uma enxurrada de dinheiro: cerca de 2.200 milhões de euros, 54% a mais do que em 2020, o valor mais alto que este segmento já recebeu, segundo dados da consultoria CBRE. Grande parte dessa quantia vem do Bankinter. A financeira adquiriu uma plataforma (que inclui 22 ativos, equivalentes a uma área bruta de 865 mil metros quadrados, mais 13 projetos em desenvolvimento) pela qual pagou cerca de 1 milhão de euros, segundo fontes do mercado. O apetite por este negócio é imparável. A contratação de armazéns e plataformas de distribuição disparou em 2021 em 44%, atingindo mais de 2,7 milhões de metros quadrados. Madrid (com um milhão de metros quadrados para alugar) e Barcelona (com cerca de 750.000) são as regiões com maior procura. Atrás estão: Saragoça, Málaga, Bilbau e Sevilha.
Fonte: El País