Volkswagen cancela suspensão de 800 trabalhadores e anuncia férias coletivas em Taubaté
A Volkswagen anunciou neste domingo, 23, o cancelamento da suspensão do contrato de trabalho de 800 funcionários de um turno da fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, após bons resultados de vendas. No entanto, a montadora decidiu adotar férias coletivas de dez dias para a unidade. A princípio, a suspensão aconteceria a partir do dia 1° de agosto. A medida havia sido divulgada na última segunda-feira, 17, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, e duraria por dois meses, mas com possibilidade de se estender por até cinco meses. Atualmente, a fábrica, que tem 3.100 funcionários, produz o carro Polo Track, o segundo mais vendido no país neste ano. Ele fica atrás apenas do Onix, da General Motors, outra empresa de fabricação automotiva que suspendeu contratos de trabalho em uma fábrica no município de São José dos Campos, em São Paulo, e que também paralisou a fábrica em Gravataí, no Rio Grande do Sul, no último dia 3. Em relação à Volkswagen, a justificativa da suspensão de contratos de trabalho foi de ajustar a produção com a demanda de mercado. Após voltar atrás da decisão tomada inicialmente, a Volks disse que as férias coletivas serão aplicadas para os dois turnos de produção da planta de Taubaté, iniciando no dia 31 de julho. A empresa destacou que essa medida de flexibilização está prevista no Acordo Coletivo firmado entre o Sindicato e colaboradores da Volkswagen.
No último dia 4, a Volkswagen anunciou um investimento de cerca de R$ 5,2 bilhões no Brasil até 2026. A empresa pretende focar na produção de veículos híbridos e elétricos. O objetivo é crescer 40% no país nos próximos quatro anos. O aporte também será destinado ao desenvolvimento de motores a combustão baseados em etanol e à expansão do negócio de assinaturas de carros, voltado para aluguel. A Volkswagen também revelou que pretende lançar dois modelos totalmente elétricos no Brasil ainda neste ano, como parte do projeto da montadora de ter 15 veículos elétricos ou híbridos no Brasil até 2025. A empresa disse que há uma projeção de que o mercado da América do Sul tenha uma expansão de 11% a cada ano até 2030.
Fonte: jovempan